Fábio Zuker

Escrevo não-ficção, principalmente ensaios, reportagens e crônicas. Sou antropólogo. Trabalhei, e acredito que voltarei um dia a trabalhar, como curador. Estive envolvido em projetos grandes, como a Casa do Povo, a Vila Itororó Canteiro Aberto, o filme "Inferno", de Yael Bartana, curei exposições e coordenei um seminário e uma mostra de cinema no México.

Hoje minhas pesquisas se voltam a temas como direitos humanos, violência, política e cultura.

Nos últimos anos, tenho trabalhado especificamente com histórias relacionadas à floresta amazônica, buscando uma escrita "de perto", junto às pessoas que vivenciam o processo de destruição de seus territórios e suas formas de resistência.

Fiz minha graduação na Universidade de São Paulo, em Ciências Sociais, e sou mestre  em Sciences Sociales pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris. No meu doutorado, em antropologia social, resolvi voltar à USP, onde desenvolvo minha pesquisa sobre a expansão da fronteira do capitalismo contemporâneo na bacia do rio Tapajós (Pará) e a maneira como as populações indígenas resistem a este processo.

Como jornalista, sou colaborador da Agência Amazônia Real e da Thomson Reuters Foundation, e já escrevi textos para National Geographic, Revista Piauí, Le Monde Diplomatique, Estado da Arte, Revista Piseagrama, Agência Pública de Jornalismo Investigativo, Nexo Jornal, entre outros meios.

Parte deste material que escrevi na Amazônia foi publicado no formato de livro, junto a outros textos inéditos, em meu primeiro livro. "Vida e Morte de uma Baleia-Minke no Interior do Pará e outras histórias da Amazônia" (Publication Studio São Paulo, 2019).  

Já meu segundo livro é composto por ensaios: "Em Rota de Fuga: ensaios sobre escrita, medo e violência" (Hedra, 2020). O subtítulo é por si só explicatório acerca do conteúdo.

Em 2019, recebi uma bolsa do Pulitzer Center for Crisis, em parceria com o Rainforest Journalism Fund, para elaboração de uma reportagem e mini-documentário sobre a vida de pequenos agricultores cercados pela soja no Tapajós, elaborado em colaboração com o fotojornalista Bruno Kelly. Agora em 2020, no contexto da pandemia, ganhei uma nova bolsa do Pulitzer, para elaboração de uma série de cinco podcasts narrativos, no formato de áudio documentários, sobre a pandemia de Covid-19 na Amazônia - projeto que realizo em parceria com a Trovão Mídia.

Em rota de fuga: Ensaios sobre escrita, medo e violência | Amazon.com.br

O medo, em faceta promíscua aos mecanismos do governo neoliberal, é o fio condutor que percorre "Em rota de fuga". Marcado por um olhar plurívoco, que perpassa a história da arte, Sade, cinema, vozes amazônicas e práticas de escrita contemporâneas, o escritor e antropólogo Fábio Zuker perscruta os desdobramentos dessa política para pensar outros mundos e formas de sensibilidade que criem efetivas rotas de fuga do círculo de violência neoliberal. Ao tatear o “teatro-peste” de Artaud enquanto polí

Vida e morte de uma baleia-minke no interior do Pará e outras histórias da Amazônia (segunda edição ampliada)

Os números são insuficientes para explicar o ocorre hoje na Amazônia. Essa é a premissa de Fábio Zuker em sua busca por uma escrita “de perto” no livro “Vida e morte de uma baleia-minke no interior do Pará e outras histórias da Amazônia”. Desde 2017, o autor tem trabalhado com histórias reais relacionadas à floresta amazônica e às pessoas que vivenciam o processo de destruição de seus territórios. Esta segunda edição conta com reportagens inéditas e atuais (até abril de 2020), além das ilustraçõ
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Terra Arrasada: cinco histórias sobre a pandemia na Amazônia

Como a pandemia de covid-19 chegou à maior floresta do planeta? Ouça as vozes de indígenas, quilombolas e ribeirinhos de diferentes partes da Amazônia nesta série em cinco episódios. Eles explicam como a história de destruição da região onde vivem se relaciona com o impacto cruel do coronavírus em 2020. Esse é um projeto do Le Monde Diplomatique Brasil, com apoio do Rainforest Journalism Fund e Pulitzer Center. Uma produção de Fábio Zuker e Trovão Mídia
Le Monde Diplomatique •

O riso de nosso ridículo tirano

Hesito entre qual imagem escolher. Mais do que ser difícil, me parece um exercício sem propósito. Tornou-se cotidiana a imagem de Bolsonaro às gargalhadas, genuinamente feliz, enquanto o país acumula cento e vinte mil mortes (no momento em que escrevo, e aumentando), a economia em frangalhos e uma incerteza quanto a tudo o que poderá vir pela frente. Como estou em isolamento social, minhas relações se dão majoritariamente por telas. E por meio delas, desconheço alguém com uma presença tão feliz
Thomson Reuters Foundation •

Slow rollout of COVID vaccine in Brazil leaves indigenous at risk

Indigenous people living in reserves not yet formally recognized by Brazil's government say they do not feel part of the country's indigenous "priority" vaccination push * Indigenous leaders say communities are not getting priority vaccines * Indigenous COVID-19 deaths significantly higher than general population in early days of pandemic SAO PAULO, March 4 (Thomson Reuters Foundation) - When Merremii Karao was invited to a clinic in the nearby town of Canindé in mid-January to receive her CO
InfoAmazonia •

Belo Monte está sufocando o rio Xingu

Entenda como o desvio de água para a hidrelétrica está impedindo a reprodução dos peixes na Volta Grande do Xingu. Enquanto populações indígenas e ribeirinhas agonizam sem sua fonte básica de renda e alimentação, pressão política assegura liberação de vazão para a usina. A alimentação de Cleyson Juruna, indígena do povo Juruna, está deficitária. Dois alimentos alternavam a centralidade em seu prato: pacú ou tracajá – espécie de cágado comum na região amazônica. Mas desde 2015, Cleyson e os dema
InfoAmazonia •

Desvio de água para Belo Monte impacta reprodução dos peixes no rio Xingu

Sem peixes, povos da Volta Grande do Xingu enfrentam a pandemia com insegurança alimentar. Após protesto no final do ano passado exigindo liberação de maior vazão do rio pela usina hidrelétrica, falta de água persiste em 2021. Sem peixes, povos da Volta Grande do Xingu enfrentam a pandemia com insegurança alimentar. Após protesto no final do ano passado exigindo liberação de maior vazão do rio pela usina hidrelétrica, falta de água persiste em 2021. A última pesca “boa” foi em meados de agosto
Le Monde Diplomatique •

Destruir a democracia

As cenas não poderiam passar despercebidas – e não passam. Em meio ao crescimento vertiginoso das mortes por Covid-19 no Brasil, o comportamento de Jair Bolsonaro parece descolado da realidade. Ora o presidente sai para passear de jet-ski; ora esbanja felicidade junto aos seus apoiadores em suas saídas por Brasília; já quando questionado por repórteres a respeito de temas sensíveis ao governo, ri sardonicamente, meio de lado, um riso sarcástico e doentio. É difícil relacionar as cenas com as qua
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